domingo, janeiro 14, 2007

A POESIA DE NAPOLEÃO DE PAIVA SOUSA

Apresento a vocês a poesia do norte-rio-grandense de Alexandria, Napoleão de Paiva Sousa. Médico de profissão, Napoleão (meu vizinho)´, além de poeta, é compositor. Os poemas, aqui publicados, fazem parte do livro Depois Comigo, lançado em novembro passado. Todos os poemas que compõem o livro foram digitados em aparelho celular, com um limite de 160 toques caracteres e depois passados para o papel. Por causa dessa limite, eles não têm título e, em algumas palavras, falta uma letra (como na preposição "de", onde é suprimido o "e") , e, às vezes, a supressão é na pontuação. Antes desse livro, Napoleão publicou outro de poesia, Apenas Chegaram, de 1999. Vamos aos poemas.
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Gosto da água
de mar profundo
dos seus olhos
tocando em
mim/Gosto da
linha de
horizonte do seu
sorriso tímido
tão tímido -
como se
pedindo para
fugir nos azuis.
Para Poliana
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Quem vê esses
olhos assim tão
serenos/ Não
imagina quantos
quartos em festa
tem o seu
coração/
Noites & dias
aventurei-me
pela chave
de um deles/
Luz vermelha.
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Chegou linda
deslumbrante
tirânica quase,
inibindo o mais
ousado
sedutor. Ação (é
como se um
diretor, ali, gritasse)
As mulheres de olho:
Qto tempo durará
essa beleza?
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O teu púbis
dourado ao
alcance do olho
da mão da
boca, brinquedo
pronto a
incendiar-se
umedecer-se de
suores, líquidos,
saliva; onde
o meu grito
banha-se, em
fogo.

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