terça-feira, abril 26, 2005

ENTREVISTA SOBRE LITERATURA DA LÍNGUA PORTUGUESA

Indicado primeiramente por Manoel Carlos (www.agrestino.blogger.com.br), em seguida pela Bisbilhoteira (http://bisbilhotices.blogger.com.br), e, por fim, pelo amigo Moacy Cirne, do Balaio Vermelho, aqui estou disposto a responder a uma pequena entrevista sobre Literatura da Língua Portuguesa, o que faço com prazer. Mas, antes de começar, acho necessário esclarecer que nas primeira, segunda e quinta perguntas optei por citar apenas livros (e autores) da Literatura de Língua Portuguesa, por entender que estou atendendo o que foi solicitado. Na terceira e quarta questões, como se verá, não pude evitar a citação de autores estrangeiros. Dito isso, mãos à obra.
- Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
- Dom Casmurro, de Machado de Assis.
- De alguma vez ficaste apanhadinho por um personagem de ficção?
- Poderia citar vários personagens que nunca me saíram da mente (nem do coração) , dos mais diversos autores espalhados pelo mundo todo. Para citar apenas um: Paulo Honório ( São Bernardo) , de São Graciliano Ramos .
- Qual foi o último livro que compraste?
- Encontro em Samarra, do escritor americano John O' Hara (1905-1970), que traz uma introdução de John Updike. Esse romance, ambientado numa pequena cidade dos Estados Unidos, marcou a estréia de O' Hara e, ao ser lançado em 1934, foi elogiado por Scott Fitzgerald e Ernest Hemingway. Ótimo livro.
- Que livro estás a ler?
- Estou relendo Contos, de Hemingway. Aliás, já faz algum tempo que estou mais relendo do que lendo.
- Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?
- Jamais iria para uma ilha deserta. E nem sei se no mundo superpovoado de hoje ainda exista alguma ilha deserta. No entanto, gostaria de citar, não apenas 5, mas vários livros que acho indispensáveis conservar, a cuja leitura volto com alguma frequência, sempre com um renovado prazere fazendo novas descobertas. Ei-los. De Machado de Assis: Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás Cubas e uma seleção dos seus melhores contos; de Graciliano Ramos: São Bernardo, Vidas Secas e Infância; Os Maias, de Eça de Queirós; Fogo Morto, de José Lins do Rego; Mar Morto, de Jorge Amado; A Morte da Porta-Estandarde e Outras Histórias, de Aníbal Machado; Os Ratos, de Dyonélio Machado; Dados Biográficos do Finado Marcelino, de Herberto Sales; Os Cavalinhos de Platiplanto, de José J. Veiga. Que mais? Ah, sim: uma seleção dos melhores contos de Luiz Vilela e de Rubem Fonseca. E ainda uma seleção dos melhores poemas de Drummond, Bandeira, Pessoa, Quintana e Carlos Pena Filho. Há ainda alguns outros, mas paro por aqui, para não alongar mais a lista.
- A quem vais passar este testemunho e por quê?
- A ninguém. As pessoas que poderia indicar já o foram por Manoel e creio que todas atenderam o seu convite.

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