terça-feira, julho 15, 2008

PODEM ALGUNS NOMES TER UMA CARGA NEGATIVA?

Minha caçula está grávida do segundo filho. Depois de descobrir o sexo do feto, ela e o marido iniciaram o difícil processo de escolher um nome. Todo casal passa por esse problema. Até surgir um nome que agrade aos dois passam-se muitos dias, até meses. No passado, quando o sexo do filho só era conhecido quando este nascia, a coisa era mais complicada, já que tinha de se escolher um nome masculino e outro feminino. Um dos nomes discutidos foi o de Diego, mas a minha filha logo o descartou ao se dar conta de ser o prenome de Maradona, um usuário de drogas, que, por mais de uma vez, esteve perto da morte. Talvez se ela gostasse de futebol e admirasse o gênio do argentino no trato com a bola, pudesse ter relevado o vício dele.
E aí me voltou a pergunta que me faço já faz muito tempo: alguns nomes podem conter uma carga negativa, que seja nociva à pessoa que com ele foi batizada? Não tenho muitos exemplos (na verdade, só tenho um) para seguir me fazendo essa pergunta. Trata-se do nome Edmundo.
Na minha Canindé conheci três Edmundos (não me lembro se havia outros mais) que me parece atingidos por uma marca do nome que receberam. Há pouco tempo publiquei um conto neste blogue, integrante de um antigo livro meu, em que falava do Seu Edmundo, um dentista. Um homem respeitado, estimado, boa aparência, que, a partir de um determinado momento, começou a beber sem moderação, terminando por se tornar um alcoólatra. Abandonou a profissão e foi abandonado pela esposa, que não pôde agüentar a vida que ele levava. Transformou-se em um desmazelado, motivo de chacota, até morrer, de repente, com pouco mais de 50 anos.
E havia o Edmundo, que devia ter uns vinte anos, um pouco mais, quando eu era um pré-adolescente. Era um prato feito para as brincadeiras (algumas pesadas) dos outros, por ter uma boca muito grande. Além disso, esse Edmundo, que, aparentemente, não ligava para as chacotas de que era vítima, tinha a mania de querer falar "difícil", fornecendo, assim, mais munição para os gozadores. Mas o pior é que, a exemplo do seu homônimo, acabou por tornar-se um alcoólatra. Já morava em outra cidade, onde arranjara um emprego. Um homem bom, afável, incapaz de matar uma barata, mas que, quando bêbado, ficava furioso. Se não batia na esposa, quebrava objetos da casa. Também morreu relativamente novo, de ataque cardíaco, tal como o dentista.
Já o terceiro Edmundo não tinha quase a ver com os outros dois. Ou, talvez, tivesse alguma "afinidade" com o segundo, pois era um tanto tolo, que falava muita besteira, e, ainda por cima, não tinha a afabilidade do Edmundo do defeito bucal.
Tenho pra mim que passei a pensar na influência negativa do nome Edmundo por causa do jogador que surgiu no Vasco e onde joga atualmente, após atuar em outros times. Foi um grande jogador (escrevo no tempo passado porque ele está em final de carreira, não rendendo, talvez, metade do que apresentou até há poucos anos), que alternou o seu desempenho nos gramados com graves problemas motivados por seu temperamento. Chegou a sair na página policial dos jornais por conta de um acidente automobilístico ocorrido depois de uma farra, o qual causou a morte de uma pessoa, ou mais de uma. Nunca foi punido por esse delito, a não ser ter ficado preso por alguns dias. É possível que o processo contra ele já tenha prescrito.
É claro que houve e há outros Edmundos que levaram e levam uma vida sem grandes percalços - se saíram bem na vida. E os que citei aqui teriam passado pelas mesmas atribulações, a sua vida teria sido conduzida da mesma forma se tivessem outro nome. O peso não seria do nome. E os adeptos do Espiritismo poderão argumentar com o tal do carma. Mas que continuarei pensando da mesma maneira, 0u, dizendo melhor, me fazendo aquela pergunta, isso continuarei. Pelos quatro exemplos que tenho.

8 comentários:

Mariazita disse...

Tarefa difíl, essa de escolher nome para a criança que vai nascer!
E corre-se sempre o risco de pôr um nome que o portador, mais tarde, não vai gostar, e vai ter de carregar o resto da vida. Conheço alguns casos...
Penso que o ideal seria não colocar nome nenhum, e depois cada um escolheria o que quisesse -:)))
Texto óptimo, como todos (seus) que li.
Beijinhos
Mariazita
PS - Publico meus posts ao Domingo e Quinta feira.

mundo azul disse...

Bem, não posso dizer que acredite, mas, realmente algumas pessoas que tem o mesmo nome, guardam uma certa característica...
Gostei do seu texto...Vou pensar melhor sobre isso!

Beijos de luz e o meu carinho...

Mariazita disse...

Francisco
Já comentei este post.
Hoje venho retribuir a sua visita, que lamento não tenho sido do seu agrado...mas a vida é assim mesmo, são os tais "Opostos" que o tal texto de que não gostou, refere.
Escritos meus...só lá mais para o fim do verão.
Tenho várias coisas "alinhavadas", que estou sem tempo para terminar. Acontece que escrevo sempre coisas demasiado sérias, e no verão apetecem coisas mais alegres, descontraídas.
Não tenho o dom (infelizmente) de escrever com humor. Que fazer???
Desculpe este desabafo tão grande.
Espero vê-lo por lá amanhã, ou quando lhe der mais jeito.
Beijinhos
Mariazita

Anônimo disse...

Sempre olhei essa história do nome com certa desconfiança, mas não tenho certeza de que seja motivo de uma sina que marca todo aquele que o carrega. Meu abraço.

**Viver a Alma** disse...

Salvé!
Podem!
Todos os SERES antes de encarnar neste plano, nesta densidade de corpo físico, já trazem um nome pré-concebido. E de nada vale as pretensas opiniões dos familiares se Maria ou Tiago, a criança deva chamar-se..porque na hora em que um deles acertar no nome que o SER pretende ser chamado - por uma questão kármica em evolução - é esse o nome que transportará até desencarnar - goste depois na vida "real" ou não. Depois ainda lhe é acrescentado os sobrenomes que vêm de antepassados...nova carga a suportar. Aí sim...mesmo que a criança quisesse nascer no seio da família que escolheu para EVOLUIR COMO SER - porque a evolujção do "humano" acompanha essa caminhada - deve dar atenção que nomes seguintes deverá acentuar nas suas assinaturas.
Por exemplo: Manuel - deriva de Emmanuel, nome ao chamado Jesus e que em hebraico quer dizer: "deus connosco". Este nome, é já e si um bem. Se por acaso um dos sobrenomes for Silva..aí a copisa complica-se - dado que as silvas têm picos e são selvagens...
Os pais, não têm portanto que se preocupar com nada...a não ser com os princípios que devem encaminhar a criança, por forma a que ela seja bem estructurada desde a nascença. O resto, pertence ao programa anímico que o pequenino ser humano transporta conmsigo, desde o átomo que foi introduzido no ventre materno. A criança, só não fala ou vê. Ms ouve, sente e sobretudo tem a percepção de tudo pelo que está a passar desde essa altura.
Para informação: não sou espírita, não toco de perto qualquer doutrina ou religião, tenho bases católicas mas por imposiçãp e tradição familiar em pequena, nada mais. Há largos anos, pesquiso, studo, vivencio, frequento"algunsdos ditos cursos que se vão espalhando cá e lá" e acredito piamente que assim seja, senão coisas há ão se passariam como se de marionetas se tratasse.
A ter em conta sempre: o luvre arbítrio ou livre escolha das crianças e sobretudo dr atenção ao que ela faz e que tendências tráz! é isso que a vai revelar posteriormente.
Seria bom que desde tenra infÂncia as crianças aprendessem a meditar e a relaxar e outras técnicas debem estar e serenidade e one desde cedo conseguissem manter o seu EIXO. ficariam bem mais preservadas de tudo!
Abraço
Mariz

**Viver a Alma** disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Peço desculpa mas carreguei duas vezes e o comentário ficou registado duplamente. Tenho alguma dificuldade por vezes porque nem sempre eles passam directo para o seu lugar...
Há imensas gralhas mas espero que tire pelo sentido. Nunca revejo textos e escrevo a correr....depois dá nisto.
Mas eu sei escrever, sim.
Mariz

Anônimo disse...

Sobreira,

Desculpe-me por usar este espaço com outra finalidade, mas foi a única maneira que encontrei de falar com você.

Me chamo Mariana, sou estudante de jornalismo e estou fazendo um trabalho sobre Cineclubismo em Natal. Preciso do seu contato, acho que você pode me ajudar. Por favor, mande um e-mail para marcirem@uol.com.br.

:) Mariana.