quinta-feira, junho 09, 2005

ANNE BANCROFT



Nessa segunda (dia 6) o cinema perdeu o talento de Anne Bancroft. Nascida no Bronx, em Nova York, em 17 de setembro de 1931, batizada com o nome de Anna Maria Louise Italiano, Anne Bancroft foi uma das grandes atrizes do cinema. E era também bonita. Estreou no cinema em 1952 com o filme Almas Desesperadas, do diretor inglês Roy Ward Baker, no qual contracenava com Marylin Monroe e Richard Widmark. De tanto trabalhar em filmes que não valorizavam o seu talento, migrou para o teatro, aí por volta de 1958. E já em 1960 ganhava o seu segundo Tony (o prêmio concedido pelo teatro american) pela sua interpretação na peça The Miracle Worker, no papel da professora de um menina que nascera cega, surda e muda. Dois anos depois o diretor Arthur Penn a convidou para o mesmo papel na adaptação da peça para o cinema e Anne Bancroft, com ele, ganhou o Oscar de melhor atriz, o único de sua carreira, embora tenha sido indicada mais quatro vezes para a feia estatueta da Academia de Hollywood. Em tempo: o filme levou o título de O Milagre de Annie Sullivan. E em 1964 ela foi eleita a melhor atriz no Festival de Cannes pelo filme Crescei e Multiplicai-vos, de Jack Clayton, em que contracenava com o grande James Mason. Mas esse prêmio foi dividido com a desconhecida atriz Barbara Barrie.
Anne teve várias grandes interpretações no cinema. No entanto, ficou para sempre lembrada pelo desempenho em A Primeira Noite de um Homem (Mike Nichols), na pele de Mrs. Robinson, uma mulher mal casada e alcoólatra que tirava o "selo" do personagem de Dustin Hoffmann. Foi uma Mrs. Robinson que transpirava sensualidade por todos os poros. Outra de suas melhores atuações foi em Sete Mulheres , o canto do cisne do grande mestre John Ford.
Teve uma única experiência na direção em 1980, com Fatso. Nesse filme, que não conheço, ela também escreveu o roteiro e trabalhou como atriz. Estava casada com o diretor Mel Brooks, desde os anos de 1960, seu segundo marido. Anne Bancroft, que fez 65 filmes, deixa o cinema, sobretudo o combalido cinema americano, bem mais pobre. É mais uma das minhas atrizes preferidas que se vai.

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